Com esta história da concessão da RTP, a conclusão a que se chega, como diz o povo, quem não deve não teme; é que todos os intervenientes do cenário nacional, desde, os que dizem ser o governo, os quem dizem ser presidentes, aos que dizem ser a PSP, aos que dizem ser a GNR, aos que dizem ser as FAP, etc., que aparecem constantemente nas notícias, não passam de indivíduos, ou entidades, que não pagam as despesas que fazem, ou que não pagam os bens que utilizam. E ainda por cima, passam a vida a dizer, que o estado lhes deve, ou que têm direitos, mas, o direito vem com o dever de pagar o imposto, pelo serviço prestado, ou pelo bem adquirido.
Depois o professor Marcelo disse que 150 milhões de euros das contribuições audio-visual e cinquenta milhões de euros das publicidades são entregues à RTP, mas, eu discordo. Tal dinheiro não é entregue à RTP, mas, sim à entidade que gere as antenas de transmissão do audio-visual nacional. Ou seja, sempre que no canal 1, passa publicidade, a RTP não está a transmitir, sendo a despesa da antena de transmissão suportada pela entidade que encomendou a transmissão da publicidade. A RTP, tal como, a SIC, e a TVI, paga a essa entidade que gere a antena pela transmissão do sinal TV da sua programação televisiva. É por isso que se encontra em estudo o fim da transmissão do canal 2, para diminuir a despesa paga à entidade das antenas. O que se passa é que a RTP está sempre com a alegação que presta serviço público, e que quem tem de pagar são os telespectadores, mas, os telespectadores não encomendaram qualquer serviço à RTP, nem são clientes da RTP; o que é rídiculo é que quem contrate electricidade tem de pagar contribuição para o audio-visual, quando devia ser facturado por empresa, com quem se celebre contrato para, receber tal sinal audio-visual, e ser instalada antena receptora externa para receber tal sinal audio-visual. Aliás o sinal, está actualmente, no formato TDT para as TVs, mas, para as rádios não, continuando a não existir uma única rádio a transmitir em digital em todo o território nacional!
Na minha opinião até podiam parar com a transmissão de ambos os canais da RTP, que a população nem sequer notava a diferença, tal é o baixo valor dos conteúdos da programação da RTP... Mas, como a constituição da república portuguesa obriga a que o estado tenha um canal televisivo, mas, felizmente, que lá não diz que tem de transmitir todos os dias, nem que tem de ser a RTP, e também não diz que se tem que gastar milhões de euros! Um canal televisivo dedicado aos comunicados do estado, sem grande pompa, sóbrio, e de baixo custo, seria o mais indicado.
Seja como fôr, o que está sempre à vista de todos, é a cambada de caloteiros, que passam a vida, a anunciar que vão aumentar os impostos, porque como eles não pagam o que devem, os outros pagam, a dobrar, a triplicar, e até mais, pelos serviços que lhes são prestados, ou pelos bens que adquirem, para que paguem o que outros recebem e usam. Estes caloteiros estão de tal forma organizados, que se dão ao luxo de estarem estabelecidos nas cidades, sem que tenham o dinheiro necessário para tal... Mas, como na práctica o estado não existe, nem se queixa, continuam impunes, furtando dia, após dia, o fruto do trabalho dos que trabalham! O que devia estar na constituição da república portuguesa, é que quem não paga as suas despesas, devia ser considerado culpado de gestão danosa, e assim, todas as entidades estatais, ou outras, que devem dinheiro, ou com passivo, seriam condenadas a serem geridas (por tutor) pelas entidades que pagam as suas despesas, ficando dependentes da autorização desses tutores para efectuarem despesa.
Viva a sociedade aberta, onde qualquer caloteiro, consegue pôr a mão no bolso de outro, e ficar com o que lá tiver.